"O Amor e a Humildade são as pedras fundamentais da nossa Casa."

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Reflexões de nossa amiga Clemilza endereçada à todas as mães

PRECISO DE UMA MÃE...

Daquelas que me gere com amor e alegria em seu ventre.
Que depois que eu nascer, faça cafuné.
Que me amamente com ternura e alegria.
Que sinta prazer em estar comigo.
Que me ajude dar os primeiros passos.
Que sorria comigo.
Que fique feliz com meus primeiros dentes.
Que faça com carinho minha primeira papinha.
Que sinta orgulho das minhas pequenas tentativas de falar mamãe.
Que converse comigo, para que eu me sinta encorajado.
Que me conte histórias, cante cantigas de ninar.
Que me ensine orar.
Que me ensine a agradecer também.
Que brinque comigo, e depois me ensine a guardar meus brinquedos.
Que me incentive a escolher minhas próprias roupas.
Que me ajude na limpeza de meu corpinho e do meu quarto.
Que me dê pequenas tarefas para que eu me acostume ao trabalho.
Que me dê limites, para que eu não me perca em grande espaço.
Que me incentive aos estudos, a leitura e a reflexão.
Que se zangue comigo quando eu estiver errado.
Que sorria comigo quando, estiver certo.
Que me ponha no colo, quando estiver com medo.
Que me explique os caminhos do certo e errado, devo ou não devo.
Que me explique que sou espírito, em aperfeiçoamento nesse planeta.
Que sou imperfeito, sujeito á erros, mas também acertos.
Que tenho direito a chorar, sorrir, sentir, falar, ser ouvido, ser amado.
Que tenho obrigações e compromissos comigo mesmo, e com os outros.
PRECISO DE UMA MÃE...
Daquelas que não acolhe a mentira.
Que não me deixe na preguiça.
Que não me entorpeça a alma.
Que não justifique meus erros.
Que não me leve à ganância.
Que não me incentive ao desrespeito.
Que não me deixe na ignorância.
Que não me leve ao crime.
Que não me aborte.
Que não me ignore.
PRECISO DE UMA MÃE...
Que seja portadora da maternidade.
Que me crie com boa vontade.

POR CLEMILZA MARIA NEVES DE OLIVEIRA

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A MÃO QUE ME EMBALAVA...


Era aquela que me conduzia pelo caminho da oração e da certeza de que, Deus nunca esquece os mais fracos.
Vivi entre farrapos, lixo, vícios e violências de toda espécie.
Mas era você que me embalava, na certeza de que no outro dia, seria melhor.
Quando a chuva chegava, e o teto furado, a água entrava, era você que me agasalhava.
Na falta do pão, da comida e do fogão, você caminhava para o trabalho apressada.
Não lia o alcorão, nem falava alemão, mas sorria de alegria por estar em minha companhia.
Mesmo na dor, na miséria da cor, nunca me desapontava.
Quando eu cresci, e a vida me viu, quis fazer de mim, um devedor.
Mas você me guiou.
De abandono nunca me queixo.
Nem de amor.
Pois sempre você se superou.
Hoje homem feito, sou doutor.
Carrego junto ao peito, a gratidão de ser seu filho.
Pois podia ter virado bandido.
Mas você me transformou.
Hoje olho pra você no leito.
Sinto um aperto no peito.
Mas nem nessa hora, você perde o jeito.
O tempo passou.
A MÃO QUE ME EMBALAVA...
Era a amiga, mãe querida do meu coração.
Que não usou a miséria, a violência para me entregar na escuridão.
Superou a si mesma, e a tentação.
Seguiu caminho inserto, sempre pensando no certo, onde encontraria o perdão.
Não abortou a barriga, muito menos a vida, e nem viciou meu ser.
Fez do amor guarida, da alegria vida e da experiência rumo certo.
Caminhou mundo afora, em busca de vida.
Sempre sendo vivida.
Na sua e na minha vida.
A MÃO QUE ME EMBALAVA...

POR CLEMILZA MARIA NEVES DE OLIVEIRA